quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

A interpretação simultânea é uma técnica de trabalho.
Como o próprio nome indica, a interpretação é simultânea sempre que o intérprete traduz ao mesmo tempo o discurso pronunciado por um interveniente.
Quem pode oferecer uma prestação sólida em interpretação simultânea?
Não é porque se tem dez dedos que se é pianista. E não é porque se fala bem um idioma que se pode de  improviso virar intérprete em técnica simultânea. A interpretação simultânea é uma técnica extremamente exigente, que deve ser assegurada por intérpretes experientes e não pelos empregados internos.
As condições de trabalho em interpretação simultânea
As duas noções de “tradutor” e de “intérprete” não devem ser confundidas ou confusas: os melhores intérpretes são os que passaram pela tradução escrita antes de passar para a interpretação simultânea. Então, no caso ideal, a interpretação simultânea deve ser uma extensão da profissão do tradutor, para ser  garantia de sucesso.
Uma pequena porcentagem de tradutores mostra interesse em interpretação simultânea, porque a considera difícil e complicada.
O intérprete não precisa ficar tentando se adequar ao estilo e à forma do conferencista, posto que o sentido linguístico é que prima.
As condições de trabalho normais se complicam quando:
·    O ritmo da fala do orador é muito rápido
·    Quando os oradores têm sotaque muito forte, ou porque são de regiões do próprio país onde há dialetos, ou porque são países que utilizam a língua como nativa, mas receberam outros colonizadores, ou  porque não têm boa dicção.
·    O orador não disponibiliza material de apoio.
·    A falta de experiência  de novos organizadores do evento, que se esquecem de verificar  alguns detalhes (por exemplo : o microfone que fica aberto em cima da mesa pega todos os barulhos próximos, como o ventilador, tosse, discussões paralelas).
·    Não se deve fazer uma interpretação por mais de 30 minutos sem pausa, portanto a interpretação pode não ficar tão boa quando não há substituição de intérpretes após esse período.
Com o tempo, o intérprete fica mais alerta e seu ritmo é mais rápido. Além disso, ele desenvolve, ao longo do  tempo, uma flexibilidade de raciocínio face às dificuldades linguísticas que apreende com serenidade. Por exemplo, em caso de dificuldades para respeitar um termo em particular, o intérprete vai pensar no sentido global. Na pausa, poderá encontrar o equivalente exato, se for um termo recorrente e/ou chave para o bom desenvolvimento da interpretação. Interromper a interpretação para procurar um termo quebra a sequência do pensamento.

Ao longo do tempo há também um grande acúmulo de cultura geral, que lhe permite descobrir rapidamente as intenções do orador, e então pode manipular bem matérias complicadas, tais como: direito, medicina, alta tecnologia.

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